quarta-feira, 27 de maio de 2009

TRAFICANTES E POLITICOS NO COMANDO DA JUSTIÇA DE NOSSO ESTADO ISSO É LAMENTÁVEL!!

CASO WALLACE E OS TENTÁCULOS DO CRIME ORGANIZADO EM MANAUS - O promotor Walber Nascimento está na folha do tráfico. A denúncia é do traficante Flávio Coelho, em cuja casa a policia apreendeu, em 20 de Maio, R$ 73 mil durante o cumprimento de 62 mandados de busca e apreensão na cidade de Manaus. Ontem, ao depor sobre a origem do dinheiro, Flávio fez revelações consideradas bombásticas, entre elas a de que presenteou o promotor com um carro Volkswagem New Beetle, conhecido como o novo fusca. 

A Polícia já constatou que o promotor de fato está com o veículo, de placa NOQ 1414, em nome da tia de Flávio, Jociane. Flávio é primo de Alessandro Silva Coelho, o "Bebetinho", assassinado em julho ano passado, supostamente a mando de Rafael Souza.

Neste momento o traficante está depondo na corregedoria do Ministério Público Estadual, que decidirá o destino de Walber. A tendência é pelo afastamento do promotor até a conclusão de sindicância que será aberta ainda hoje, para investigar o caso.

Essa é a segunda vez que o nome do promotor aparece envolvido com o tráfico. Em 19 de novembro de 2004, na Operação Águia, da Policia Federal, que colocou na cadeia 14 policiais civis do Amazonas <> e 5 traficantes, o nome de Walber apareceu como tendo em seu poder um veiculo de propriedade de um dos presos por tráfico de entorpecentes. 

Walber fez parte da lista de candidatos que disputou ano passado o cargo de procurador geral de justiça, com a vaga aberta com a saída de Mauro Campbell Marques. Sua campanha foi baseada na necessidade de “renovação e credibilidade do MPE junto à sociedade.”

Atualmente está na 17ª Promotoria junto ao Segundo Tribunal do Júri, tem 44 anos e atua no MP desde 1991. É professor universitário e membro do Conselho Nacional do Ministério Público.

Recentemente entrou em rota de colisão com o delegado Antônio Chicre, ao dar 

parecer contrário à distribuição do inquérito envolvendo o assassinato de Bebetinho para o 1° Tribunal do Júri. O delegado alegava que a distribuição era necessária, porque ali já tramita o inquérito policial que apura a morte de Cleomir Pereira Bernardino, o Caçula.

Walber, no seu parecer, alegou que a autoridade policial desconhecia a Lei ao requerer o envio do inquérito ao 1° Tribunal, por conexão. E foi duro com o delegado: “Não existe a conexão pretendida e, aprenda delegado Antônio Chicre Neto, competência é matéria pertinente e exclusiva do Juiz e não pode vossa senhoria meter o seu incompetente bedelho onde não deve. Abstenha-se aos seus inquéritos e procure uma maneira de os fazer bem feito, pois, como é de praxe e costume a grande maioria dos procedimentos policiais enviados a Juízo, são cheios de falhas, muito mal conduzidos, e o pior, prestam um desserviço e prejuízos sem conta à sociedade manauense, a exemplo deste e outros muitos que aqui chegam, com raras e honrosas exceções.” 

A conexão, se não existia entre os inquéritos de Bebetinho e Caçula, parecem agora existir, segundo o depoimento do traficante Flávio Coelho, entre o promotor e o crime organizado.

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