domingo, 15 de março de 2009


Em evento no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a autoridade do Brasil sobre a Amazônia e atacou as políticas dos países ricos para o combate às mudanças climáticas.

Durante discurso no Fórum Nacional, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Lula citou os biocombustíveis e afirmou ser “engraçado” o fato de países responsáveis por 70% dos gases poluentes jogados na atmosfera “estarem de olho” na Amazônia.

“O mundo precisa entender que a Amazônia brasileira tem dono e o dono da Amazônia é o povo brasileiro: os índios, os seringueiros, os pescadores”, disse Lula. “Temos consciência de que é preciso diminuir o desmatamento, as queimadas, mas também temos a consciência de que é preciso desenvolver a Amazônia", afirmou.

A fala de Lula pareceu uma resposta a um artigo publicado pelo jornal americano The New York Times Com o título “De quem é esta floresta amazônica, afinal?", o jornal discutia o fato de muitos “líderes internacionais estarem declarando mais abertamente a Amazônia como parte de um patrimônio muito maior do que apenas das nações que dividem o seu território".

Lula também criticou os governos que assinaram o Protocolo de Kyoto, acordo para reduzir a emissão de gases poluentes. “Foi muito bonito assinar, maravilhoso, mas quem tinha que tomar medidas para cumpri-lo não referendou", disse Lula. “Fomos nós que, com o etanol, tiramos do ar 800 milhões de toneladas [de gás carbônico]”, afirmou.

US$ 50 bilhões 
Outro motivo de preocupação para o governo brasileiro foi levantado por uma reportagem do jornal O Globo desta segunda-feira (26). Segundo o texto, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) entregou um relatório ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal afirmando que o empresário sueco Johan Eliasch, consultor do premiê britânico, Gordon Brown, afirmou ser possível comprar toda a Floresta Amazônica por US$ 50 bilhões.

Ele teria dito a empresários ingleses, na tentativa de estimular a compra de terras na floresta. A PF e a Abin investigam a participação de Eliasch na compra de 160 mil hectares de terra no Amazonas e no Mato Grosso.

Fonte / revista época

Nenhum comentário: