terça-feira, 18 de agosto de 2009

O MAESTRO!!!!

NAVALHADA NA JUSTIÇA

Conselho Nacional põe magistrados no banco dos réus

Aos poucos o cidadão das ruas vai começar a entender o que está por baixo e por trás da impunidade que cerca o ex-prefeito do município de Coari, um dos homens mais poderosos da história do Amazonas no capítulo da contravenção, promiscuidade e roubalheira generalizada. Um cara que o presidente Lula chama de “companheiro” e que lhe diz publicamente: “voltarei a Coari quantas vezes você me chamar...”. Adail Pinheiro tem costas quentes e boca nervosa e é capaz de comprar meio mundo para alcançar seus objetivos de atuação livre e à margem da Lei. Por isso se cerca de desembargadores e juízes, advogados e políticos, imprensa e empresários para seguir lépido e fagueiro zombando dos imperativos legais. Nessa terça-feira, mais uma vez, o Conselho Nacional de Justiça vai colocar no banco dos réus os membros da magistratura acusados de envolvimento na podridão de corrupção e pedofilia representada pelo município de Coari. Entre eles os desembargadores Yedo Simões de Oliveira, Domingos Jorge Chalub Pereira e o presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, Francisco Auzier, além dos juízes Rômulo José Fernandes da Silva, Airton Corrêa Gentil, Ana Paula de Medeiros Braga, filha do secretário de Cultura do Estado, Robério Braga, Hugo Fernandes Levy Filho e Elcy Simões de Oliveira. O CNJ julgará também os servidores, Rosely de Assis Fernandes, Marcelo Ricardo Raposo Câmara e
Ebenezer Albuquerque Bezerra. Uma devassa sem precedente na Magistratura do Amazonas.

Esquema impune e podridão permanente
O relato das gravações da Operação Vorax, que monitorou durante quase dois anos a movimentação de Adail, seus capangas e seus juízes, não deixa dúvida para o cidadão. São diálogos de arrepiar a dignidade e a espalhar sobressaltos para quem é condenado a ter as próprias ações judiciais à mercê desse tipo de magistrado. Palavras de baixíssimo nível, cobranças de favores, repasse de propinas, bioloagem e alcoolismo, aluguéis de flat para magistrados, passagens de avião reivindicadas e usadas ilegalmente, encomenda de sentenças e outras contravenções de arrepiar e de confirmar a intimidade moral, sexual e pecuniária dos magistrados com a rede de prostituição e desmandos dos cofres públicos. Não há dúvidas nem pendências de comprovação. As conversas são elucidativas e explicam porque o esquema é impune e a podridão permanente, desde o repasse ilegal de ICMS, costurado por Amazonino Mendes na virada do século para detonar a gestão Alfredo Nascimento, à frente da prefeitura de Manaus, hoje seu aliado político da disputa pelo governo do Amazonas, sob as bênçãos de Lula. É mole?

Família Braga enrolada
Nos diálogos com Adriano Salan, a juíza Ana Paula de Medeiros Braga, filha de Robério Braga, indaga sobre o aluguel de seu flat, alguns pagamentos que ela já teria adiantado e precisaria receber, e ainda reclama de passagens da empresa Rico que a prefeitura costumava lhe repassar e que foram suspensas sem explicação. O tom é sempre de muita intimidade e de um falso respeito de quem estaria preso por favores recebidos. Ana Paula foi quem garantiu, faz três anos, que o presidente da Câmara não assumisse a prefeitura numa das vezes que a justiça não encomendada cassou Adail e determinou que o presidente da Câmara assumisse o cargo. A família se encontra em estado de choque e já contratou os melhores advogados para tentar – inutilmente - tirar seu nome de Operação Vorax.

Conselho vai punir
A secretária do desembargador Auzier, presidente do Tribunal, Rosely Fernandes, é acusada de praticar advocacia administrativa – “patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de servidor público”. Ela faz parte de uma “assessoria sinistra”, conhecida como os juízes de Adail Pinheiro. Foram todos flagrados pela Operação Vorax, d a operação da Policia Federal, desencadeada em 23 de maio do ano passado, e que resultou na prisão de 23 pessoas em Coari, apreensão de documentos e malas contendo R$ 7 milhões. Os juízes e servidores da magistratura estão inclusos no PAD- Processo Administrativo Disciplinar, sob o número 2009.10.00.000787-9, que o Conselho Nacional de Justiça julga nesta terça- feira, e alguns já devem sofrer penalidades imediatas. Outros serão mais investigados embora as gravações realizadas pela Policia Federal indicam que alguns tinham ligações muito estreitas com o grupo criminoso, também envolvido com pedofilia e tráfico de influência no Tribunal de Justiça do Amazonas.
Fonte/ Maskate

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